
Irmã Dulce, que ao nascer recebeu o nome de Maria Rita de Souza  Brito Lopes Pontes, era filha do dentista Augusto Lopes Pontes e de Dulce Maria  de Souza Brito Lopes Pontes.
Aos 13 anos, depois de visitar áreas  carentes, acompanhada por uma tia, ela começou a manifestar o desejo de se  dedicar à vida religiosa.
Com o consentimento da família e o apoio da  irmã Dulcinha, foi transformando a casa da família num centro de atendimento a  pessoas necessitadas. 
Em 8 de fevereiro de 1933, logo após se formar  professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da  Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em  15 de agosto de 1934, aos 20 anos de idade, foi ordenada freira, recebendo o  nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe. 
Sua primeira missão como  freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa,  em Salvador, região onde também dava assistência às comunidades pobres e onde  viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce. 
Em 1936, ela fundou a União Operária São Francisco. No ano seguinte,  junto com Frei Hildebrando Kruthaup, abriu o Círculo Operário da Bahia, mantido  com a arrecadação de três cinemas que ambos haviam construído através de  doações. Em maio de 1939, irmã Dulce inaugurou o Colégio Santo Antônio, voltado  para os operários e seus filhos.
No mesmo ano, por necessidade, Irmã  Dulce invadiu cinco casas na Ilha dos Ratos, para abrigar doentes que recolhia  nas ruas. Mas foi expulsa do lugar e teve que peregrinar durante uma década,  instalando os doentes em vários lugares, até transformar em albergue o  galinheiro do Convento Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital  Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua  atendendo aos pobres. 
Considerada um "Anjo bom" pelo povo baiano,  recebeu também o apoio de pessoas de outros estados brasileiros e de  personalidades internacionais. Mesmo com a saúde frágil, ela construiu e manteve  uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país.
Em  1988, irmã Dulce foi indicada pelo então presidente José Sarney, com o apoio da  rainha Silvia da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7  de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo 2o, na sua  primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra.
Os  dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do  Papa ao Brasil, quando João Paulo 2o fez questão de ir ao Convento  Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante enferma. Cinco meses depois, no  dia 13 de março de 1992, Irmã Dulce morreu, pouco antes de completar 78 anos. No  ano 2000 foi distinguida pelo papa João Paulo 2o com o título de  Serva de Deus. O processo de beatificação de irmã Dulce está tramitando na  Congregação das Causas dos Santos do Vaticano. 
 
 

 
 